quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Qual o perfil do consumidor gaúcho?

Estudo revela que boa parte da população do RS está pagando suas dívidas com o comércio
Um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que a população gaúcha está pagando suas dívidas regularmente. Foi o que constatou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do RS (PEIF-RS) do mês de outubro, divulgada pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS (Fecomércio). PEIF-RS mostrou que 81% dos entrevistados afirmaram ter algum débito, seja parcelamento da casa, carro, bens duráveis ou outro. Contudo, somente 7% afirmam que não vão conseguir para em dia.


Apesar do cenário positivo para os gaúchos, a inadimplência no Brasil subiu 3,5% em novembro. Em relação ao mesmo período de 2009, as dívidas sem pagamento cresceram 23%. O aumento para o mês foi o maior desde 2001. Desde 2005, não crescia tanto o volume de dívidas não pagas pelos brasileiros em novembro. A inadimplência subiu 3,5%, sendo a sétima alta seguida. Segundo a Serasa Experian, o consumidor se endividou mais em compras parceladas e ficou sem dinheiro para pagar as outras contas.

Para Zildo de Marchi, presidente da Fecomércio, a diferença crucial no perfil econômico estadual é que 60% da população pertence à classe C, e as classes D e E estão em menor proporção do restante do País. Por isso, o crédito está mais disseminado pela população. “Temos aqui no Estado pobreza menor, taxa de desempregado menor, salários medianos maiores, um mercado um pouco mais formalizado e uma população com mais anos de estudos” acredita. Na opinião do dirigente, esses componentes fazem com que a oscilação da renda das famílias seja menor, o que ocasiona essa pequena diferença.

Campanhas de parcelamento e benefícios nem sempre são boas soluções, uma vez que induzem os consumidores a não serem bons pagamentos. “Com essa possibilidade, eles aprendem que há grande chance de, em uma hora de dificuldade, poder atrasar seus pagamentos, porque podem vir a pagar um valor menor em questão de pouco”, enfatiza de Marchi. Além disso, de maneira indireta, essas perdas de receita acabam alocadas aos preços das mercadorias, o que faz o bom pagador arcar com a falta do mau pagador.
Fonte: Conexão Varejo nº 32, Porto Alegre, Fev. 2011

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